E ao redor do trono havia vinte e quatro tronos; e vi assentados sobre os tronos vinte e quatro anciãos vestidos de vestes brancas; e tinham sobre suas cabeças coroas de ouro.
Apocalipse 4:4
No período tribal de Israel a autoridade era exercida pelos chefes das tribos, em geral os mais velhos; em princípio, todos os chefes de família gozavam de iguais direitos, mas na realidade eram os poderosos que exerciam a autoridade na tribo; assim, o termo "ancião" ficou vinculado mais à dignidade do que à idade; aos anciãos cabia a chefia em tempos de guerra e o poder judicial em tempos de paz.
No período da monarquia perderam sua importância, graças à centralização do poder administrativo e judiciário em Jerusalém; mas continuavam a organizar a vida cotidiana nas pequenas localidades, função que também exerceram após o exílio (Esd 7,25; 10,8.14); junto com os sacerdotes e escribas faziam parte do Sinédrio (Mt 27,41; Mc 11,27; 14,43-53).
Nas primeiras comunidades cristãs os anciãos (em grego presbíteros) governavam as igrejas locais (At 11,30; 14,23; cf. 1Pd 5,1).
No Apocalipse, vinte e quatro tronos representam aqueles que reinam com Deus, uma descrição da igreja, dos vencedores vestidos de branco que recebem suas coroas e reinam com o Senhor (2:10,26-27; 3:4-5,11,21).
Qual o significado do número 24? Duas explicações diferentes chegam à mesma conclusão.
Alguns entendem 12 tribos, representando o povo de Deus no Velho Testamento, mais 12 apóstolos, representando o povo dele no Novo Testamento, dando um total de 24.
Outros sugerem 24 como o número de turnos de sacerdotes no Velho Testamento (veja 1 Crônicas 24:1,7-19). Assim entendemos o reino de sacerdotes (1:6) ou sacerdócio real (1 Pedro 2:9) composto de pessoas que entram “na Casa do Senhor” (1 Crônicas 24:19).
No final, estas duas interpretações do significado dos 24 anciãos chegam ao mesmo entendimento prático – representam o povo de Deus. São nobres nos seus tronos sujeitos ao Soberano Rei no trono principal.
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