sexta-feira, 28 de agosto de 2015


Você Conhece o Deus Verdadeiro?






Você conhece o Deus Verdadeiro? Não o deus da imaginação do homem, mas o Deus da Bíblia? Essa é uma pergunta importante, porque Jesus nos ensina que a vida eterna é conhecer a Deus e Seu Filho, Jesus Cristo - Jo 17:3. Se você viverá com Deus para sempre nos céus, você precisa conhecê-Lo.

Se você está interessado em conhecer o Deus Verdadeiro, por favor considere as seguintes questões:

1. O Deus Verdadeiro

a) O Deus Verdadeiro é muito grande e glorioso. Ele é tão elevado e santo que nada em todo o mundo é comparado a Ele. Ele é o Deus Eterno, Todo-Poderoso, Onisciente e Imutável - Sl 113:4-6.

b) O Deus Verdadeiro é o Criador do mundo. Em seis dias, Ele criou os céus e a terra e tudo que nela contêm. Da mesma forma Deus também criou você - Gn 1.

c) O Deus Verdadeiro é o Sustentador do mundo. Ele sustenta cada criatura pelo Seu grande poder. Ele dá a você a vida, o folêgo a todas as coisas - At 17:25,28.

d) O Deus Verdadeiro é o Governador Absoluto do mundo. Ele faz Sua eterna vontade acontecer através do Seu grande poder. Deus é o seu Governador e Rei - Dn 4:34-35.

2. A Ordem de Deus

a) Visto que Deus é seu Criador, Sustentador e Governador, a quem você deve sua própria vida, Ele ordena que você reverencie a Ele como o único Deus Verdadeiro - Sl 33:8.

b) Deus exige que você adore e sirva a Ele com um coração cheio de gratidão por tudo que Ele tem feito por você - Sl 100.

c) Em reverência, você deve obedecer a lei de Deus assim dada nos Dez Mandamentos. Essa obediência deve ser completa e perfeita - Êx 20:3-17.

d) Essa obediência deve vir de um coração de amor. Você deve amar a Deus com todo o seu ser e você deve amar o seu próximo como a você mesmo - Mt 22:37-40.

3. A Queda do Homem

a) Entretanto, você não guarda os mandamentos de Deus por amor a Ele. Você é um pecador que falha em fazer o que Deus lhe ordena - Jó 7:20; 13:23;40:4.

b) Você não pode fazer nada verdadeiramente bom e agradável a Deus. Mesmo o melhor das suas obras são como trapo de imundícia para Deus - Rm 3:10-18.

c) Seus atos pecaminosos vem de um coração perverso. Você nasceu com uma natureza corrupta - Gn 6:5; Sl 51:5; Jer 17:9, 4.

d) Deus é o Santo que odeia o pecado e tem de punir os pecadores. Fora da graça de Deus, você será condenado para os tormentos eternos do inferno para sempre - Mt 13:49-50.

4. A Salvação de Deus

a) Deus é também o Salvador que enviou Jesus Cristo para o mundo para salvar pecadores de seus pecados e dos tormentos eternos do inferno - Is 43:11.

b) Em Sua morte, Cristo sofreu os tormentos do inferno no lugar de todos aqueles que crêem n'Ele. Através da Sua morte, Ele pagou o débito e ganhou para eles o perdão de seus pecados - 1Pe 3:18.

c) Cristo satisfez a ordem de Deus para os crentes através de um amor perfeito a Deus e de seguir a lei de Deus. Deus os considera justos em Cristo - Rm 5:19.

d) Cristo dá a vida espiritual para aqueles a quem Deus salva, de tal forma que eles crêem n'Ele. Eles conhecem a Deus e desfrutam da Sua comunhão. Eles viverão com o Deus Verdadeiro no céu para sempre.

5. A Fé Verdadeira

a) Você procura o perdão dos seus pecados, a justiça de Cristo e a eterna comunhão com o Deus Verdadeiro? Deus diz a você: "Creia no Senhor Jesus, e serão salvos, você e os de sua casa" - At 16:31.

b) Creia que Deus é o seu Criador, Sustentator e Governador, que é digno do seu amor e adoração. Perceba que você é um pecador que tem falhado em cumprir o dever dado por Deus e que você precisa de salvação. Confie em Deus para salvá-lo de seus pecados através da morte expiatória e a ressurreição vitoriosa de Jesus.

c) A fé verdadeira fará com que você se arrependa de seus pecados. Você reconhecerá que é um pecador, lamentará sobre o seu pecado e rebelião contra Deus, e abandonará o seu pecado - Ez 18:30.

d) A fé verdadeira vai fazer você ser obediente. Ela fará com que você procure guardar os mandamentos de Deus e viva uma vida de gratidão a Ele - Tg 2:17-19.

e) A fé verdadeira acredita que a salvação não é obra do homem, mas o dom gratuito de Deus. O crente é salvo unicamente pela graça de Deus - Ef 2:8-9.

6. Você conhece?

Você conhece o Deus Verdadeiro e Seu Filho Jesus Cristo? Se não, obedeça a ordem de Deus para confiar em Cristo para sua salvação. Sem o conhecimento do Deus Verdadeiro, o qual vem através da fé, você não tem vida eterna mas terá de enfrentar os tormentos eternos do inferno.


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Autor: Angus Stewart.
Tradutor: Lidiane Cecilio.
Texto Original: CPRC Website.

domingo, 9 de agosto de 2015



Conhecimento Sem Zelo



Quando Paulo, inspirado pelo Espírito Santo, descreve a igreja como o corpo de Cristo, ele fala com mais sabedoria do que nós, tolos, tendemos a ouvir. Como é o hábito da igreja evangélica moderna, tomamos as plenas, ricas, e de fato, belas instruções sobre como devemos viver nossas vidas juntos para o reino e as reduzimos a algo verdadeiro, mas banal, seguro e razoável. Paulo nos diz que somos o corpo de Cristo, e nós ouvimos: "Sejam legais uns com os outros".

É uma pequena melhoria quando esta mensagem nos lembra de que o corpo está cheio de pessoas diferentes, com diferentes pontos fortes, os quais são necessários. Meus ouvidos não fazem objeção ao fato de que eles não podem ver, e o fato de que meus ouvidos ouvem não os torna melhores do que os meus olhos. Obviamente, Paulo faz sua argumentação pois não importa que parte do corpo nós podemos ser, todos nós carregamos demasiado orgulho. Orelhas podem ter algum nível de gratidão para com os olhos, mas ainda pensam ser eles os principais componentes do corpo. O cérebro pode ser inteligente o suficiente para notar que morreria sem um coração, mas é rápido em apontar a dependência que o coração tem do cérebro. Em suma, todas as partes do corpo carregam a tentação de correr para a linha de frente, esperando ser o maior no reino de Deus.

O que vale para nós individualmente é frequentemente verdadeiro sobre nós quando se trata de grupos. As partes do corpo de um mesmo tipo tendem a reunir-se. Portanto, não devemos nos surpreender que quando os reformados se reúnem, celebramos a importância da mente cristã. Sem denegrir outras partes do corpo, nós reformados reconhecemos que a nossa força peculiar está no pensar através de questões teológicas, com cuidado e precisão. Isso é uma coisa boa. A Reforma, e aquilo que a precedeu, trouxe cuidado e precisão a questões de conseqüências eternas, tais como, como é que somos feitos justos para com Deus? Se você quer uma exposição cuidadosa da natureza da encarnação, você seria sábio em pedir a alguém de um contexto reformado. Somos os escribas da igreja, debruçados sobre os nossos livros empoeirados.

Se, no entanto, você estiver procurando por paixão, por zelo, se você estiver procurando por afeição, você provavelmente não pensaria em considerar os reformados. Nós temos uma mente cheia de conhecimento. Um coração cheio de amor, bem, muitas vezes este não é o nosso caso.

O perigo da metáfora do corpo é que, ao confundir uma metáfora, ela pode tornar-se uma posição confortável. Isto é, ela é útil para nos lembrar de não desprezar os pontos fortes e chamados dos outros. Mas isso pode apenas nos fazer satisfeitos com as nossas próprias fraquezas. O fato de que nós reformados somos bons em teologia, pode fazer com que os outros fiquem confortáveis em serem ruins em teologia. Por outro lado, o fato de que o nosso coração tende a ser morno não é contrabalançado pela paixão dos outros. Obviamente, a triste verdade de que alguns têm zelo sem conhecimento, também não justifica a falta de zelo.

Um não compensa o outro. Ou seja, nós não crescemos em nosso conhecimento diminuindo em nosso zelo. Nem podemos crescer em nosso zelo, diminuindo o nosso conhecimento. Em vez disso, os dois deveriam alimentar e encorajar um ao outro. Considere o apóstolo Paulo. Pedro mesmo, reconheceu que Paulo escreveu algumas coisas difíceis de entender - 2Pe 3:16. Se alguma vez houve um teólogo denso e erudito, Paulo era tal homem. Mas Paulo não escreveu apenas densa teologia. Paulo foi dado a expressões de êxtase, mesmo em suas epístolas. Ele, de vez em quando, caiu em fervor intenso. O que não podemos perder, no entanto, é a ligação entre os dois. Paulo não escreveu teologia árida em 1 Timóteo e prosa mística em 2 Timóteo. Ele não praticou conhecimento na segunda, quarta e sexta-feira e então zelo na terça-feira, quinta-feira e sábado. Em vez disso, seus acessos de louvor fluem logo após, e melhor, diretamente de dentro, de sua densa teologia, e depois são seguidos por teologia ainda mais densa. Ele se move sem problemas da ortodoxia à doxologia e vice-versa, e, portanto, nos ensina que devemos fazer o mesmo. O que o deixa em êxtase é a glória e a beleza das verdades que ele está comunicando. O que faz com que ele seja cuidadoso, atencioso, é a glória de Deus e Seu evangelho sobre o qual ele está escrevendo.

Nossa mente deve instruir nosso coração, da mesma forma que nosso coração deve inspirar nossa mente. Se não estamos emocionalmente chocados, se não somos dados a acessos de êxtase, em última análise, isto não se dá porque nós somos fracos no coração. É porque nós não entendemos, porque somos fracos na mente. A verdade é suficiente para nos dominar, transformar nossos lábios duros em lábios trêmulos. A verdade vista da maneira correta nos torna capazes de ver pela lágrima no nosso olho.O reino de Deus, o qual nos buscamos em primeiro lugar, é digno do nosso estudo. Se, no entanto, nós não celebrarmos sua vinda em consequência disto, nós falhamos em entender o reino. O reino de Deus é digno de celebração. Se, porém, como consequência nós não estudarmos isso, nós falhamos em nos alegrar nisso. Entra na Palavra. E deixe a Palavra entrar em você. Dos tais é o reino de Deus.


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Autor: RC Sproul Jr.
Tradutor: Lidiane Cecilio.
Texto Original: Ligonier Ministries.

sexta-feira, 7 de agosto de 2015




Pregue o Evangelho, e Quando Necessário, Use as Palavras




Existe um ditado popular frequentemente repetido por cristãos. Isto tem ganho nova vida no Facebook e Twitter. Talvez você mesmo possa ter proferido essas palavras, comumente atribuidas à Francisco de Assis: “Pregue o Evangelho. Se necessário, use palavras”.

Eu penso que podemos considerar o que muitos estão querendo quando dizem algo similar. Como cristãos, nós deveríamos viver de tal forma que nossas vidas apontassem para a pessoa e a obra de Jesus. Todavia, boas intenções não superam dois problemas básicos com essa citação e sua suposta origem. Primeiro, Francisco de Assis nunca disse isso; segundo, essa citação não é bíblica.

Mark Galli pontuou que não há nenhum registro de Francisco, um membro de uma ordem de pregadores, proferindo nada parecido com isto. Na verdade, tudo que sabemos relacionado a ele sugere que ele não concordaria com essa suposta citação. Assis foi reconhecido por sua pregação e frequentemente pregava mais de cinco vezes por dia.

A idéia pode não ter soado atraente para Francisco, mas para muitos hoje, ministério sem palavras é uma abordagem atraente. Gostamos de dizer que "palavras valem pouco", e portanto, "ações falam mais do que palavras". Galli explana bem o sentimento que complementa nossa cultura:

"Pregue o Evangelho; se necessário, use palavras”, anda de mãos dadas com um pressuposto pós-moderno de que no fim, as palavras são vazias de significado. Isso sutilmente denigre o alto valor que os profetas, Jesus e Paulo colocaram sobre a pregação. Com certeza, queremos que nossas ações condizam com nossas palavras tanto quanto possível. Mas o evangelho é uma mensagem, notícias sobre o acontecimento e sobre a pessoa em torno do qual a história do planeta gira.

E este é o verdadeiro problema - não de quem essa citação originalmente vem, mas como ela pode simplesmente nos dar um entendimento incompleto do evangelho e de como Deus salva pecadores. Cristãos são rápidos para encorajar uns aos outros a "viver o evangelho", para "ser o evangelho" para os seus vizinhos, e até mesmo "evangelizar uns aos outros". O impulso missionário aqui é útil, no entanto o evangelho não é nada que o cristão demonstra, pratica ou se torna.

O apóstolo Paulo resume o evangelho como vida, morte e ressureição de Jesus Cristo, através do qual o pecado é expiado, pecadores são reconciliados com Deus, e a esperança da ressureição aguarda todo aquele que crê. O Evangelho não é um jeito de ser, mas sim uma história. O Evangelho é a declaração de que algo realmente aconteceu.


E desde que o Evangelho é a obra salvadora de Jesus,
isso não é algo que nós podemos fazer,
mas é algo que devemos anunciar.


Sim, nós realmente vivemos suas implicações, mas se devemos fazer o evangelho conhecido, faremos isso através de palavras.

Parece que a ênfase na proclamação está diminuindo, mesmo em muitas igrejas que se identificam como evangélicas. Mesmo que a proclamação seja a tarefa central da igreja. Não, essa não é a única tarefa que Deus nos deu, mas é a central. Enquanto o processo de fazer discípulos envolve mais do que comunicação verbal, e obviamente a vida de um discípulo é tida como falsa quando isso não passa de palavras, a obra fundamental que Deus deu a igreja é "proclamar as excelências" de nosso Salvador.

Uma vida piedosa deveria servir de testemunha para a mensagem que proclamamos. Mas sem palavras, o que nossas ações podem apontar a não ser nós mesmos? Uma vida piedosa não pode comunicar a encarnação, a substituição de Jesus por pecadores, ou a esperança de redenção pela graça somente através da fé somente. Nós não podemos ser boas novas, mas podemos anunciar isso, cantar isso, falar sobre isso e pregar a todos quanto ouvem. Na verdade, a comunicação verbal do evangelho é o único meio pelo qual pessoas são trazidas para um relacionamento correto com Deus. O apóstolo Paulo destacou isso para a igreja de Roma quando Ele disse:


"Porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.
Como, pois, invocarão aquele em quem não creram?
E como crerão naquele de quem não ouviram?
E como ouvirão, se não há quem pregue?"
- Rm 10:13-14.


Se nós devemos fazer discípulos de todas as nações, devemos fazer isso usando palavras. A pregação necessita do uso da linguagem. Então, deixe-me encorajar-nos a pregar o Evangelho, e usar palavras, uma vez que isto é necessário. Mas deixe-me dizer também que concordar com a centralidade da proclamação não é suficiente. Precisamos nos mover de acordo com a idéia da execução efetiva da mesma. Deixe-me encorajar-nos a sermos pessoas que não somente usam as palavras do evangelho, mas as usam de quatro maneiras.


1. Deixe seu evangelho em palavras ser compreensível.

Na nossa proposta de sermos precisos sobre assuntos teológicos, devemos também ter a certeza de que somos compreensíveis. Queremos declarar o evangelho bíblico de uma forma culturalmente acessível. Isso requer de nós a definição de termos teológicos, assim como adotar uma linguagem apropriada para as pessoas com quem falamos, onde quer que seja. Eu acho irônico quando alguém diz amar os puritanos e as vezes trai a prática de falar "claramente" como os puritanos faziam. As palavras do evangelho deveriam ser apresentadas, tanto quanto possível, em uma linguagem comum para os ouvintes. Como eles irão escutar se falamos em outra língua?

2. Deixe seu evangelho em palavras ser sério.

Nós comunicamos que o evangelho é um assunto sério porque é um assunto sério! Eu não estou sugerindo que todo mundo deveria ter o mesmo temperamento, mas estou dizendo que aquelas "boas novas" que salvam vidas deveriam ser propostas com sobriedade, sinceridade e zelo. Ninguém escuta uma proclamação sobre assuntos sérios apresentados de maneira leviana. Quando pregamos a Cristo, precisamos de sinceridade e clareza.

3. Deixe seu evangelho em palavras ser ouvido fora da igreja local.

Fazer discípulos significa transmitir o evangelho para aqueles que estão fora da igreja. Uma vez que acreditamos que o único meio dado por Deus para tirar as pessoas do reino da trevas e levá-las ao reino da luz, envolve a pregação do evangelho com palavras, nós deveríamos ser compelidos à falar tais palavras para qualquer um que ouví-las. Como aqueles enviados por Deus - nesse caso nós -, deveríamos estar preparados para "contar a história" para as pessoas não convertidas em nossas vizinhanças, escolas e locais de trabalho.

4. Deixe seu evangelho em palavras ser ouvido dentro da igreja local.

O evangelho deveria ser falado dentro da igreja porque até mesmo os remidos podem voltar-se para as tentações opostas do legalismo e ilegalidade. Uma das coisas mais importantes que um cristão faz é redirecionar outros cristãos de volta para Jesus através das boas novas do evangelho. Nós precisamos falar disso dentro da igreja, a fim de que os não cristãos visitantes que estão entre nós, possam ouvir quão precioso isso permanece em nossas vidas, e que isso não é apenas uma estação de passagem em nossa jornada espiritual. O evangelho é falado na companhia da fé tanto para nossa santificação quanto para nossa adoração.

O evangelho exige, ou até mesmo demanda, palavras. Então, vamos pregar o evangelho, e vamos  usar palavras, desde que elas são necessárias. Que elas possam ser palavras claras e vigorosas que possam chamar aqueles dentro e de fora da igreja para seguir Jesus.

 Autor: Ed Stetzer.
Tradutor: Lidiane Cecilio.
Texto Original: Ligonier Ministries Website.

segunda-feira, 3 de agosto de 2015



O que os evangélicos dizem a respeito de Maria?






No Brasil muitos religiosos são devotos a Maria. Cristãos reformados não são devotos a Maria. Por isso, muitas vezes nos perguntam: "Vocês odeiam Maria? Vocês não são devotos a Nossa Senhora?"

Obviamente, nós não odiamos Maria. Nós a estimamos muito. Ela era uma mulher piedosa, assim como muitos outros na Escritura. Nós admiramos a sua fé e piedade, e nós amamos ler sobre ela e outros na Bíblia. Mas em nossa admiração por Maria nós não vamos além do que a Palavra de Deus nos permite.

Primeiro, a Bíblia não confere a ela o título de "Nossa Senhora", "Rainha dos Céus" ou mesmo "Mãe de Deus". O primeiro título, "Nossa Senhora", é na verdade o equivalente feminino a "Nosso Senhor". Senhor ou Senhora é um título de honra e autoridade, mas a Bíblia, a Palavra de Deus, nunca fala de Maria usando tais termos. Somente Jesus é Senhor.  Maria não é "Senhora". Ela é "serva do Senhor" Disse então Maria: Eis aqui a serva do Senhor; cumpra-se em mim segundo a tua palavra. E o anjo ausentou-se dela.(v. Lc 1:38). Há somente um Senhor. Na verdade, o título "Rainha dos Céus" é o nome de uma deusa pagã, e não um título de Maria. Os filhos apanham a lenha, e os pais acendem o fogo, e as mulheres preparam a massa, para fazerem bolos à rainha dos céus, e oferecem libações a outros deuses, para me provocarem à ira.(cf. Jr 7:18). O céu tem um Rei, o Senhor Jesus Cristo, porém Jesus não tem uma rainha. Sua noiva é a Igreja, e Maria não está ao Seu lado o ajudando a governar todas as coisas. O título "Mãe de Deus" tem um elemento verdadeiro: Maria foi a mãe terrena de alguém que é Deus, mas ela não é a mãe do Deus Triúno, pois ela é uma criatura. Portanto, a Bíblia não usa esse tipo de linguagem. A benção de Maria ter sido escolhida para ser a mãe do nosso Senhor foi grande, porém a sua maior benção é que ela, assim como todo o povo de Deus, recebeu a salvação e o perdão dos pecados. Além do mais, quando o anjo Gabriel disse que Maria é "bendita" E, entrando o anjo aonde ela estava, disse: Salve, agraciada; o Senhor é contigo; bendita és tu entre as mulheres.(v. Lc 1:28), o que muitos traduzem como "cheia de graça", ele aponta para o mesmo favor ou graça que está sobre o povo de Deus: "para o louvor da sua gloriosa graça, a qual nos deu gratuitamente no Amado" Para louvor da glória de sua graça, pela qual nos fez agradáveis a si no Amado (v. Ef 1:6). Maria não é a fonte de todas as graças. Jesus é "cheio de graça e de verdade" E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade. (v. Jo 1:14). Maria é um recipiente da graça.

Em segundo lugar, a Bíblia não dá crédito a Maria pela obra da salvação que Jesus realizou sozinho. Maria não "cooperou" com Deus na salvação do mundo. O salvador é Cristo somente. Pedro diz que "não há salvação em nenhum outro [exceto Jesus], pois, debaixo do céu não há nenhum outro nome dado aos homens pelo qual devamos ser salvos" (v. At 4:12). Portanto, em nenhum sentido Maria é o salvador. O mediador é Cristo somente: "Pois há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens: o homem Cristo Jesus" (v. 1Tm 2:15). O intercessor é Cristo: "Quem os condenará? Foi Cristo Jesus que morreu; e mais, que ressuscitou e está à direita de Deus, e também intercede por nós" (v. Rm 8:34). O advogado é Cristo: "Se, porém, alguém pecar, temos um intercessor junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo" (v. 1Jo 2:1). Tomar esses títulos (Salvador, Senhor, Mediador, Intercessor e Advogado) e compartilhá-los com Maria é desonrar Jesus Cristo.

Terceiro, a Bíblia não ensina que Maria nasceu sem pecado original, ou que ela viveu uma vida sem pecado. Apenas Jesus não cometeu pecado. Maria confessou livremente que ela era uma pecadora pois precisava ser salva dos seus pecados. ela cantou: Minha alma engrandece ao Senhor e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador (v. Lc 1:46-47).

Quarto, a Bíblia não nos permite orar a Maria. Nossas orações devem ser oferecidas a Deus somente, por meio de seu Filho, Jesus Cristo. Isso não a desonra, sendo que ela não pode ouvir orações no céu. Como poderia uma simples mulher, uma criatura, ouvir milhões de orações oferecidas a ela e então ter o poder de responder a cada uma delas? Além disso, Maria não morreu na cruz e portanto não tem base para conceder qualquer coisa. Quando oramos, oramos no nome de Cristo, ou por causa de Cristo, nunca no nome de Maria.

De fato, a Bíblia deixa claro que Jesus nunca honrou Maria da mesma forma que muitos erroneamente fazem hoje. Em uma ocasião, uma mulher na multidão exclamou: "Bem-aventurado o ventre que te trouxe" (v. Lc 11:27). Jesus corrigiu ela! Ao invés de exaltar Maria acima dos demais, ele disse "Antes, bem-aventurados aqueles que ouvem a palavra de Deus e a guardam" (v. 28). Jesus se distanciou de sua mãe, Maria, quando ela começou a ser um impecílho para seu ministério. Em João capítulo 2 verso 4, ele disse a ela: "Que tenho eu contigo, mulher? ainda não é chegada a minha hora." Ele não estava sendo rude, mas ele estava lembrando ela do seu lugar. Na verdade, Jesus nunca se dirigiu a Maria com a palavra "Mãe", e certamente nunca a chamou de "Senhora". Em Mateus 12, quando sua mãe estava ao lado de fora esperando para falar com ele, ele pergunta: "Quem é minha mãe, e quem são meus irmãos?", e então ele disse: "aquele que fizer a vontade de meu Pai que está nos céus, esse é meu irmão, irmã e mãe" (v. 47-50). Assim ele deixa claro que ser sua mãe não dá a Maria privilégios, honra ou acessos especiais.

Resumindo, Maria foi uma humilde serva do Senhor, e ela ficaria aterrorizada se soubesse o que tem sido feito com o seu nome, que orações são oferecidas, velas acendidas e pessoas são devotas a ela. Maria é um belo exemplo de uma fé humilde e genuína, e de obediência a Deus. Não devemos desonrar ela a chamando de "Nossa Senhora". Por todos esses motivos, e outros mais, nós olhamos para Cristo, não para Maria. Buscamos salvação e perdão dos pecados em Cristo, não em Maria. Nós chamamos você a fazer o mesmo!


Autor: Martyn McGeown.
Tradutor: Sara McHertt.
Texto Original: Limerick Reformed Fellowship.